Defesa de Roberto Jefferson diz que Lula é “mandante” do mensalão
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| Advogado de Roberto Jefferson - Luiz Corrêa Barbosa |
Nesta segunda-feira (13), os ministros do Supremo Tribunal ouviram a defesa de um dos principais réus do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson.
Foi ele, em 2005, que denunciou o esquema de compra de apoio político e usou a expressão mensalão pela primeira vez.
Em sua sustentação oral, o advogado atacou diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, responsável pelas acusações no processo. Barbosa disse que Lula não só sabia do esquema de corrupção, como era o "mandante" dele.
“Não se pode afirmar que o presidente fosse um pateta. O [ex] presidente é safo, é doutor honoris causa por diversas universidades. Mas é um pateta? É claro que não. Tudo isso acontecendo sob suas barbas e nada?” Barbosa afirmou que três ministros auxiliavam a operação do esquema.
Segundo o advogado, Lula ordenou o encadeamento de diversos fatos. Foi por meio de uma medida provisória e um decreto, assinados por ele, que o BMG passou a operar com créditos consignados. O banco é um dos que liberou empréstimos ao PT e é acusado de lavagem de dinheiro.
Pela tese exposta por Barbosa, os então ministros lulistas José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) e Anderson Adauto (Transportes) eram apenas executores do mensalão ou braços operacionais de Lula no esquema.
Barbosa disse que, sem Lula no banco dos réus, sem a presença do “mandante” do mensalão, “as provas que foram produzidas vão gerar um festival de absolvições”.
Ele questionou o fato de o procurador-geral não ter incluído o ex-presidente na lista de réus. "Recebida a denúncia, o PGR deixou o patrão de fora. Por que fez isso? Vossa excelência é que tem de informar". Ao longo do discurso, o advogado voltou a atacar Roberto Gurgel. Disse que pediu condenações sem oferecer provas suficientes e que se omitiu sobre diversas denúncias.
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